Resolvo colocar em algum filminho bem bobo pra pegar no sono de vez. O enredo é clichê brabo, com um rapaz que vive relacionamento com uma menina que está grávida de três meses e, de repente, se encanta com uma garota mais nova. Até aí, básico. É CLARO que a noiva descobre e termina com ele. É CLARO que a "outra" se apaixona e começa a dar incertas em seu trabalho, mas sem matar coelhinhos ou cortar os pulsos, como fez Glenn Close há uns bons vinte anos atrás.
Me incomoda a traição ser passada como uma coisa natural. Melhor ainda, natural para a NATUREZA MASCULINA. O próprio personagem diz, no momento em que é descoberto, que depois de três anos de relacionamento, beijar a boca de outra persona é coisa normal. Não, mal aí, mas não é. Trair é feio, desrespeitoso, cruel. E esse papo de ser coisa de homem, mal aí novamente, não passa de desculpa para fazer merda sem peso na consciência.
Uma conhecida (Dona Y, por que não?), sabendo de sua condição de traída, me disse certa vez que precisamos aceitar esta atitude dos homens. É uma coisa física, sabe? Não adianta ir contra, é frustração certa. Então, cherie, serei uma eterna sofredora. E continuarei achando que trair é feio e desnecessário e não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com sexo, cor, credo, religião, idade e o outras categorias.
Deixo claro que não sou daquelas feministas xiitérrimas que dizem que homem só serve mesmo pra abrir pote de palmito. Abrir esse troço é mesmo difícil, mas nada que uma tampinha moderna não resolva. Acho, sim, que as mulheres têm direito às mesmas condições de trabalho que o homem e se a garota está na pista tem mais é que beijar na boca, mas reconheço a importância do homem é o quão delicioso é ter alguém especial do meu lado.
E não, não fui traída. Simplesmente acho que está na hora de aniquilar este monstrinho fedorento, retrógrado e careta chamado machismo e todos os seus filhotes.
sexta-feira, 12 de março de 2010
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