Os deuses da TV a cabo, num momento único de generosidade, decidiram me dar acesso aos diversos canais do pacote mais completo do catálogo. Estou certa de que é temporário ou não passará em branco e o prejuízo virá na minha próxima fatura, mas por enquanto vou aproveitando o leque de opções cinematográficas. Tamanha boa vontade me permitiu assistir a bons filmes, mas fez com que eu tivesse certeza de que não vale a pena gastar dinheirinhos com estes canais todos. É pouca coisa que presta.
Ontem, antes de dormir, decidi conferir o que passava de interessante entre os canais 61 e 76. Foi quando vi que começava um filme que havia chamado minha atenção quando exibido nos cinemas: "Nossa Vida Sem Grace".
John Cusack é um vendedor, pai de duas meninas, que acaba de perder sua mulher, morta em serviço no Iraque. Ele não consegue contar o que aconteceu para as filhas, então decide levá-las numa viagem de carro, fazendo tudo o que as duas pimpolhas querem. O filme é melancólico até dizer chega, mas bonito.
E nem preciso dizer que chorei feito um botafoguense quando os créditos subiram. Chorei, ó, de soluçar.
Estou pra conhecer quem diga que passar por uma perda não é difícil pra cacete. O tempo passa, o tempo voa, a gente deixa de querer morrer junto, mas passa a conviver com a maldita saudade, que fica ali, à espreita, esperando o momento de dar um bote. Uma bomba. Eu já sou chorona profissional, sindicalizada e tudo, então me dói ver quase tudo, já que é quase impossível encontrar algo que não me lembre aquela maluquinha.
"Saudade, amor, que saudade
Que me vira pelo avesso
Que revira meu avesso"
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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Um comentário:
linda homenagem!! tenho boas lembranças!! beijo para ti, falta dela.
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